Padre Kentenich

Sua história

Infância

 

✓ 16/11/1885: Nascimento na cidade de Gymnich, Alemanha.

 

✓ 1891: vai à escola primária em Gymnich.

 

✓ 1892: Após a morte de sua tia, vai a Estrasburgo e vive lá durante um semestre, em seguida regressa a Gymnich.

 

✓ 12/04/1894: Na entrada do orfanato em Oberhausen, sua mãe lhe consagra à Maria. Filho de mãe solteira, o pequeno Kentenich nunca foi reconhecido pelo pai. Sua mãe de família muito humilde teve que trabalhar em casa de família, não podendo dar a devida atenção ao seu filho. Por isso, ele também viveu com os avós e a tia. Não podendo cuidar mais dele nem de garantir seus estudos, Catarina Kentenich teve que levá-lo ao Orfanato em Oberhausen, seguindo o conselho que recebeu de seu pároco e confessor na cidade de Colônia. Nesse dia, ela fez um ato muito importante: tirou a medalhinha de sua primeira comunhão de seu pescoço e colocou na imagem de Nossa Senhora na entrada do orfanato, consagrando seu filho a Ela: “De agora em diante, Ela dará a você os cuidados de mãe em meu lugar”. Essa consagração foi tão importante que podemos dizer que ali estava presente, em gérmen, a Aliança de Amor.

Adolescência e Juventude

 

✓ 1897: Primeira Comunhão. Anuncia decisão pelo sacerdócio a sua mãe.

 

✓ 15/08/1899: Conclusão da escola primária.

 

✓ 23/09/1899: Estudos humanísticos (ginásio) em Ehrenbreitstein, seminário menor dos palotinos.

 

✓ 27/07/1904: Conclusão dos estudos humanísticos (ginásio).

 

✓ 24/09/1904: ingressa ao noviciado dos palotinos.

 

✓ Em 1904 começa sua crise, que dura até aproximadamente 1910.

 

Depois de sua primeira comunhão, com apenas 12 anos, José Kentenich manifesta a sua mãe a decisão de ser sacerdote. Apesar de deixa-lo no orfanato, Catarina Kentenich nunca deixou de acompanhar a vida do Padre Kentenich. Em um primeiro momento, ela ficou preocupada com o desejo do filho de tornar-se sacerdote, porque os seminários costumavam não aceitar filhos de mãe solteira. Mas ficaram sabendo de um lugar que sim poderiam aceita-lo: o seminário dos palotinos. Foi assim que Deus conduziu os caminhos de Kentenich a Schoenstatt. Lá os adolescentes e jovens eram formados para se tornar sacerdotes missionários, sendo enviados especialmente à África. Em setembro de 1899 José Kentenich ingressou no seminário menor dos palotinos em Ehrenbreitstein, bem perto de Schoenstatt. Ainda com 18 anos inicia o noviciado dos palotinos, dando mais um passo rumo ao sacerdócio. Foi nessa idade que começa a sentir uma forte crise.

Ordenação Sacerdotal e primeiro marco histórico

 

✓ 1905: Começa os estudos de filosofia.

 

✓ 1906: Fim do noviciado e início dos estudos de teologia.

 

✓ 11/10/1906: doença que se estende até o ano seguinte.

 

✓ 08/07/1910: Ordenação sacerdotal.

 

✓ 1911: Professor de latim e alemão em Ehrenbreitstein.

 

✓ 1912: Transferido a Schoenstatt, onde é nomeado Diretor Espiritual.

 

✓ 27/10/1912: Documento de Pré Fundação.

 

✓ 19/04/1914: Fundação da Congregação Mariana.

 

✓ 18/10/1914: Primeiro Marco Histórico (Aliança de amor).

 

O Padre Kentenich vive uma crise que se estende até praticamente sua ordenação sacerdotal. Nesse período, ele começa estudar filosofia, o que ajuda a entender que sua crise era na linha de um racionalismo que questionava o que era verdadeiro do que não. Mas também se tornou um racionalismo que tendia a separar o natural do sobrenatural e uma crise dos vínculos. Nesta crise e na sua superação, vemos alguns elementos da missão do 31 de maio de 1949.

Geração Fundadora

 

✓ 1915: Paralelo Ingolstadt-Schoenstatt, de onde vem o título de Mãe Três Vezes Admirável.

 

✓ 1915: Imagem da MTA chega ao Santuário.

 

✓ 04/10/1918: morre José Engling em Cambrai, na França.

 

✓ 18/07/1919: Cessa seu cargo de Diretor Espiritual.

 

✓ 20/08/1919: Reunião dos congregados em Hörde (onde se estabelece a organização externa, fundando a União Apostólica).

 

✓ 20/08/1920: Fundação da Liga Apostólica.

 

Período onde o Padre Kentenich vai se tornando um pai espiritual para esses jovens. É nesse período que surge a imagem e o título de Mãe Três Vezes Admirável, assim como se começa a falar em Capital de Graças, em Horário Espiritual, Exame Particular e Ideal Pessoal. Depois da Primeira Guerra, surgiu a pergunta de como ficariam essas pessoas que conheceram os ideias de Schoenstatt mas não eram seminaristas. É assim que surge a “organização externa”, sendo fundado a União e depois a Liga Apostólica. Em 1920 são admitidas mulheres a Schoenstatt. Entre os anos de 1920 e 1924, Padre Kentenich começa a dar cursos e retiros espirituais, sobre a infância espiritual e a direção espiritual, entre outros.

Pregador de Retiros

 

✓ 1926: Fundação das Irmãs de Maria.

 

✓ 15/08/1928: Bênção da Casa de retiros em Schoenstatt (Casa da Aliança).

 

✓ 1931: Fundação da Juventude Feminina.

 

✓ 17/12/1933: 1º envio das Irmãs de Maria à África do Sul.

 

Em cada um desses anos, Padre Kentenich prega retiros e cursos, tornando-se cada vez mais conhecido. Nestes retiros se transmite a espiritualidade e pedagogia de Schoenstatt para um público mais amplo, e aquilo que o Padre Kentenich falava começou a ser registrado, por isso hoje temos livros sobre esses retiros. Os temas são variados: sobre a paternidade; sobre a psicologia e educação juvenil; sobre a questão social; sobre o Espírito Santo; sobre Educação Mariana; sobre o Mistério de Schoesntatt, entre outros. Podemos perceber que é um período de muita fecundidade e trabalho para o Fundador, acompanhado pelo crescimento da organização de Schoenstatt e o surgimento das Irmãs de Maria.

Segundo marco histórico

 

✓ 1935: Irmãs de Maria enviadas a Argentina e ao Brasil.

 

✓ 1936: Primeiro registo de investigação da Gestapo a Schoenstatt.

 

✓ 1937: Publicação de “A santidade na vida diária”.

 

✓ 30/04/1939: Nazistas se instalam em Schoenstatt.

 

✓ 14/09/1941: Gestapo busca PK.

 

✓ 20/09/1941: PK vai ao escritório da Gestapo em Coblença para interrogatório, e passa 4 semanas no bunker.

 

✓ 18/10/1941: prisão em Coblença.

 

✓ 20/01/1942: 2º Marco Histórico.

 

✓ 13/03/1942: Vai para Dachau.

 

✓ 16/07/1942: Fundação dos Irmãos de Maria e da Obra de Famílias.

 

Neste período o Padre Kentenich continua dando conferências, mas um novo cenário surge no horizonte: o crescimento do Nacional-socialismo e a explosão da Segunda Guerra Mundial. Schoenstatt é investigado pela Gestapo (serviço secreto nazista) devido aos seus ideias e educação do homem novo para a nova comunidade. Entretanto, a espiritualidade de Schoenstatt continua crescendo: em 1938 o PK promove uma corrente de coroação; se fala de Carta Branca a vontade de Deus; e surge a corrente da Inscriptio. Tudo isso culminou no Segundo Marco Histórico: em 20/01/1942 o Padre Kentenich aceita livremente ir ao Campo de Concentração se isso estivesse permitido por Deus.

Terceiro marco histórico

 

✓ 06/04/1945: Padre Kentenich sai de Dachau e chega à Schoenstatt dia 20/05.

 

✓ 16/03/1947: Inicia sua primeira viagem à América do Sul.

 

✓ 1948: Viagens pela África e América (até 1952).

 

✓ 19-28/02/1949: Visitação Canônica Episcopal.

 

✓ 31/05/1949: Terceiro Marco Histórico.

 

✓ 1951: Decreto ordenando sua saída de Schoenstatt e depois da Europa.

 

✓ 21/06/1952: Chega à Milwaukee, onde fica 14 anos exilado.

 

Este período está marcado pelo Terceiro Marco Histórico. Surgem perguntas a respeito de Schoenstatt e sobre a relação do Padre Kentenich com a obra por ele fundada. É realizada uma visita oficial, cujo relatório dizia que estava tudo bem e que Schoenstatt era uma obra de Deus, porém havia algumas ressalvas com respeito a pedagogia. O Padre Kentenich reconheceu que as ressalvam se davam em elementos essenciais sobre a missão de Schoenstatt e decide escrever uma carta resposta aos bispos explicando tudo em detalhes. Essa carta foi escrita durante suas viagens por Brasil, Argentina e Chile, contendo mais de 350 páginas. A primeira parte da carta foi colocada sobre o altar do Santuário de Bellavista, no Chile, no dia 31/05/1949 antes de ser enviada aos bispos da Alemanha. Como consequência, surge uma sequência de decretos afastando o Padre Kentenich de Schoenstatt, até determinar seu exilia em Milwaukee, nos EUA.

Exílio em Milwaukee

 

 ✓ 1955: O Santo Ofício proíbe o contato do PK com Schoenstatt Este período de exílio foi marcado pela defesa do Padre Kentenich, de Schoenstatt e de seus princípios, assim como de fidelidade de muitos schoenstatianos ao redor do mundo. O Padre Kentenich estava em Milwaukee em uma paróquia, dedicando-se a comunidade alemã. Foi nessa época em que Mário Hiriart passou por Londrina e levou a coroa, atual símbolo nacional do Jumas, para ser abençoada pelo Fundador. Durante este período, ele pode dedicar mais tempo a estar com as famílias. Se não fosse pelo exílio, ele provavelmente não teria tanto tempo para acompanha-las. Dai surge a corrente do Santuário Lar que recebemos hoje. Neste período vemos que a fidelidade e o amor a Igreja no Padre Kentenich são postos a prova, onde ele foi inclusive proibido de ter contato com todos os membros de Schoenstatt. Ao total, foram 14 anos o período em que o Padre Kentenich foi afastado de Schoenstatt.

Quarto marco histórico

 

✓ 13/09/1965: Recebe um telegrama dizendo para ir imediatamente a Roma.

 

✓ 17/09/1965: PK chega a Roma.

 

✓ 22/10/1965: reabilitação do PK pelas autoridades da Igreja, finalizando seu exílio.

 

✓ 22/12/1965: Audiência com o Papa Paulo VI.

 

✓ 24/12/1965: PK retorna a Schoenstatt.

 

✓ 15/09/1968: morre Padre José Kentenich.

 

Este último período está marcado pelo Quarto Marco Histórico. O fim do exílio que deixou o Padre Kentenich por 14 anos nos Estados Unidos veio de forma surpreendente: ainda estando em Milwaukee, ele recebeu um telegrama de voz dizendo que deveria ir imediatamente a Roma. Porém, ao chegar em Roma, ninguém tem conhecimento desse telegrama, e ficam espantados por ele estar lá. Esse acontecimento poderia ter sido visto como um ato de desobediência grave: deixar o exílio sem permissão. Porém, sem que se esperasse, isso acelerou o processo de reabilitação do Padre Kentenich. Tanto ele quanto o carisma de Schoenstatt foram aceitos, assim como também foram tiradas toda e qualquer barreira que o impedisse de seguir com sua obra. Padre Kentenich teve uma audiência com o Papa Paulo VI, e na Noite de Natal retorna a Schoenstatt. Viveu por mais três anos, falecendo no dia 15/09/1968.

Amex Assessoria
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