No dia 18 de março de 2025, a missa de renovação da Aliança de Amor foi celebrada no Santuário Sião Jaraguá pelo Pe. Gustavo Hanna Crespo. No início, houve a bênção do Mosaico de São José.

Foto: Alex Formigoni

Em sua homilia, Pe Gustavo falou da contemplação e refletir sobre fazer o bem na quaresma ao inv~es de renunciar algo. Fazer sempre o bem! Assim disse:

É difícil vermos algo novo em nossa fé, pois ela se trata de contemplação. Também em nossa vida, somos chamados a contemplar o Deus da nossa vida, o Deus que nos fala todos os dias, em todos os momentos. Tudo aquilo que leva à beleza leva à contemplação e nos aproxima de Deus. Neste dia 18 de março, celebramos no meio da Quaresma, uma festa que antecede a solenidade de São José. Que Deus, ou a Providência, nos acompanhe neste dia. Muitas vezes, tentamos marcar a inauguração de São José, mas algo acontecia que nos impedia de concluir no tempo, e hoje conseguimos terminar um pouco antes da chuva começar.

Gostaria de refletir um pouco sobre o dia 18, especialmente sobre a primeira leitura que ouvimos do profeta Isaías. Se fizermos memória, poucos minutos atrás, ouvimos o que o profeta estava dizendo: ele se dirige a um povo difícil, o povo de Sodoma, que não era um povo fácil, que tinha temor a Deus e seguia a Lei do Senhor. Não era o povo da aliança, mas um povo que, por vezes, andava por caminhos que não eram de Deus. O profeta nos diz algo importante: devemos deixar de fazer o mal, mas aprender a fazer o bem. Esse é o verdadeiro desafio. Não basta, no tempo da Quaresma, procurarmos a conversão apenas por meio das renúncias, dizendo “não vou fazer isso, não vou fazer aquilo”. Para viver a Quaresma de maneira completa, precisamos também propor as boas obras, como as obras de misericórdia e de caridade. Fazer o bem e aprender a fazer o bem é um desafio constante. Muitas vezes, podemos nos enganar dizendo: “Eu não faço mal a ninguém”, mas a leitura de hoje nos pede mais: deixar de fazer o mal, aprender a fazer o bem, buscando o direito e a justiça.

Se quisermos usar uma imagem, pensemos em quem tem plantas em casa. Se não cuidamos delas, começam a crescer ervas daninhas. Quando deixamos de cuidar, a terra se enche de mato. Se não fizermos nada, as ervas daninhas continuarão a crescer. A conversão é justamente isso: arrancamos as ervas daninhas da nossa vida, mas, depois, plantamos algo bom. Durante a Quaresma, somos chamados a fazer isso: arrancar as ervas daninhas e cultivar algo bom. A Quaresma é como voltar a cultivar a essência, a palavra e as boas ações. Assim, podemos ser luz para o Evangelho e não como os mestres da Lei, que não praticam o que pregam. Devemos buscar um tempo de conversão e de esperança.

Este 18 de março é marcado por um detalhe importante: se eu perguntar para você qual será o dia da próxima renovação da Aliança, você sabe que será no dia 18 de maio, e não na sexta-feira santa, como normalmente acontece. Na sexta-feira santa, não haverá missa da Aliança. Somos chamados a viver como Maria, que esteve aos pés da cruz, acompanhando o sofrimento de seu Filho. No dia 18 de maio, teremos a próxima missa da Aliança, um tempo de preparação para o grande mistério da Páscoa. Este tempo de preparação nos permite fazer a terra do nosso coração frutificar. Assim como a terra precisa de tempo para se preparar para a plantação, também nós precisamos de tempo para nos preparar para o encontro com Deus.

A Quaresma é um tempo de bênção, misericórdia e esperança. Quando chegar o dia 18 de maio, quando nos reunirmos novamente, que possamos estar cheios da graça de Deus. Que possamos fazer esse caminho de preparação com a certeza de que estamos cultivando a esperança e aguardando o encontro com Jesus.

São José, quando pedimos ao artista Cláudio Lopes, pintor chileno, que representasse José como um homem jovem, acompanhando Maria, para mostrar que a família de Nazaré era uma família jovem. José é mostrado com dois símbolos em suas mãos: o martelo e o esquadro, que representam o trabalho e o cuidado de José, santificando o trabalho. Mas também é acompanhado de um lírio, que simboliza o cuidado de José com os dois maiores tesouros de sua vida: Jesus e Maria. O compadre Gabriel brincou que eles foram à mesma costureira, pois a cor do manto de José também é azul.

Que possamos olhar para essa imagem de São José e encontrar inspiração para o nosso trabalho e para a santificação da nossa vida. Que possamos cuidar da nossa alma com a mesma delicadeza com que José cuidou de Jesus e Maria.

Ao final da missa, Hilda, presidente do Conselho, falou sobre São José, que na vida cotidiana vivia santamente, procurava da maneira mais perfeita possível, cumprir a missão que Deus Pai lhe confiou. Assim também nos orienta o Fundador, Padre José Kentenich, que busquemos a santidade da vida diária, cumprindo nossos deveres ordinários de forma extraordinária. Propôs que como Capital de Graças da Família de Schoenstatt, de 18 de março a 18 de maio, rezemos uma oração à São José.

Salve Guardião do Rendentor

e esposo da Virgem Maria!

A vós, Maria confiou o seu Filho: em vós, Maria depositou a sua confiança; convosco Cristo tornou-se homem.

Ó Bem-aventurado José. mostrai-vos pai também para nós e guiai-nos no caminho da vida.

Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem. e defendei-nos de todo o Mal. Amém. (Papa Francisco, Patris Corde)